08 de Março Dia Internacional da Mulher - Heroínas do Cotidiano 08/03/2022 - 08:19

Neste Dia 8 de Março, seguindo os preceitos determinados pelo Programa de Governo de Carlos Massa Ratinho Junior, de que “o ser humano em primeiro lugar”, a Secretaria do Desenvolvimento Urbano e de Obras Públicas do Paraná (SEDU) ressalta o valor anônimo de mulheres que trabalham em favor do Paraná, em diferentes posições. Essas mulheres são profissionais que deixam os seus filhos, a sua família para trabalhar oito horas por dia, todos os meses, todos os anos. São mulheres com as quais se cruza e com as quais o tempo de convívio é bem maior do que com a própria família. Todos se conhecem pelo nome, pelo trabalho, pelas funções que exercem. Mas se conhecem mesmo? Ao saber mais sobre a vida delas, se descobre que elas são “Heroínas do Cotidiano”.

Olhar em volta. Escolher uma mulher e perguntar se ela sabe o que é a felicidade. Tentar descobrir qual é o seu maior sonho. Uma infinidade de respostas poderá causar surpresa. Não pela sofisticação das metas e desejos, mas principalmente pela enorme carga de realidade que as abraça todos os dias.

Fama, sucesso, fortuna... com quase toda a certeza não serão citados entre as prioridades da maioria. Principalmente por serem conceitos relativos ao universo de cada uma e por variarem de valor de acordo com cada ponto de vista, educação e cultura.

Para muitas dessas mulheres, o melhor da vida é poder repousar a cabeça no travesseiro e ter a certeza de que suas decisões e ações foram as melhores, independente do padrão financeiro a que chegaram, em decorrência das suas próprias escolhas, atividade e dedicação. Para muitas, a felicidade é resultado. A felicidade é feita da realidade do dia a dia de cada uma delas.

MARIA, MARIA - Viver bem com a família, com os amigos, com os colegas de trabalho. Esse é o sonho e a realização de Maria. Identificar esse desejo simples como maior objetivo, no entanto, é resultado da maior armadilha que a vida pode impor a uma mãe, a perda de uma filha. “Antes, eu era ignorante. Era orgulhosa, tratava mal as pessoas, negava até pequenos favores. Quando tudo aconteceu, percebi que nada disso tinha importância. Dinheiro, buscar mais... tudo ficou em segundo plano. Minha felicidade, hoje, é poder sorrir e receber um sorriso de volta. É ser gentil com as pessoas e receber gentilezas. É ter trabalho todos os dias e viver dele. É poder abraçar quem eu mais amo, meu marido, meus filhos, amigos e receber abraços sinceros e emocionados de volta”, afirma.

DAS CÁSSIAS - Quando as perguntas chegam a Cássia, a conquista da moradia própria será a resposta mais rápida. Alguns minutos depois, a narrativa revela a fortaleza construída na realização diária e no não desistir. No caminho até o dia de hoje, ficaram para trás um casamento e o apartamento, vendido às pressas para resolver a vida financeira dos pais que estavam prestes a perder o que tinham. “Todos os dias, no meu trabalho, faço o meu melhor com a convicção de que vou conseguir, mesmo que demore mais do que o planejado. Meus pais têm uma vida mais simples do que antes, mas estão bem. Meu filho está bem. São fatos que me dão tranquilidade e me permitem dormir em paz. Eu e meu filho moramos de aluguel, mas a certeza de que não será para sempre é maior do que qualquer dificuldade”, garante.

DAS LUS - Quem a vê elegante, com saltos altos e andar de quem desliza em uma passarela, não imagina o passado de lutas de Luciane, Lu para os amigos. Equilibrar-se parece ser o seu desafio permanente, desde o dia em que se viu só e a única responsável por três filhos. Hoje, relembra os dias mais duros em que se dividia entre trabalhar, cuidar da casa, roupa e alimentação. E, ainda, literalmente, carregava as crianças e suas mochilas de Escola em Escola, para lhes garantir o estudo. Sob chuva ou sol forte, ia a pé para o trabalho, deixando no caminho, as crianças nas Escolinhas. A filha menor, no colo, e os dois maiorzinhos agarrados à própria saia, mais as maletas, as lancheiras, a bolsa e o material de trabalho. Nada podia sair do lugar, caso contrário tudo iria ao chão. Era um misto de exercício físico e emocional. Os 35 anos de profissão já se passaram, mas continua firme em atividade. O sorriso, condutor da esperança, continua lá a iluminar o seu rosto. Um bom complemento para combinar com os olhos que brilham ao ver, sobre a mesa, as fotos dos filhos, todos formados, e dos quatro netinhos.

DAS MÁRCIAS - “Felicidade é saber viver sóbria, estar com a família que jamais imaginava constituir e sempre rir, ter uma vida mais leve, um trabalho, uma casa. É ter responsabilidades, coisa que não possuía”, resume Marcia. Envolvida com drogas dos 14 aos 25 anos, depois de cinco internamentos e o apoio de um grupo de mútua ajuda, está há 16 anos completamente ‘limpa’. “O problema a ser vencido, não se resume ao uso e ao abuso das drogas. É uma doença de comportamento. Aprendi a identificar o que me levava a usar”, explica. Ao contar sobre o passado, enumera as desventuras pelas quais passou, durante o consumo de narcóticos e no início da recuperação. Sobre a doença, considera que está em recuperação permanente. E que, embora, fisiologicamente, já tenha perdido o desejo pelas drogas, a ameaça continua. “O que acontece é que não permito me colocar nesse perigo. Decidi pela qualidade de vida, pela minha saúde mental e emocional, por enfrentar os problemas diários com responsabilidade, sem fugas”, alerta. Casada, mãe de um rapaz de 14 anos e assídua no trabalho, volta para casa todos os dias com a certeza de que vai reencontrar o que realmente importa, aqueles que a fazem feliz. “Escolhi a vida real, enfrentar os problemas diários com responsabilidade, sem fugas. Não tenho vergonha do que passou. Me orgulho do meu processo de superação, de ser produtiva na sociedade. E, se puder ajudar quem quer que seja, vou ajudar”, diz com convicção.

MULHERES - Maria, Cássia, Luciane e Márcia trabalham na Secretaria do Desenvolvimento Urbano e de Obras Públicas do Paraná (SEDU). Profissionalmente, estão em posições diferentes. Suas funções são descritas, a seguir, propositadamente fora da sequência do texto. Uma é a secretária que atende centenas de prefeitos, deputados e outras autoridades, outra é a Jornalista formada que assumiu as rotinas burocráticas do serviço público. Há, ainda, a Administradora de Empresas que se tornou responsável pelo Departamento de Recursos Humanos e aquela que entrega o chá com limão mais delicioso do Planeta como se distribuísse abraços.

A formação de cada uma nem sempre definiu seus destinos. Nas suas trajetórias, no entanto, as diferenças são justamente o que as equiparam: a opção pela vida e por rechear os dias, delas e dos outros, de momentos melhores. É isso que as torna Heroínas do Cotidiano.

ESTEIOS - O secretário Augustinho Zucchi enalteceu a importância da mulher. “Elas são o esteio da Sociedade, têm o dom divino da geração da vida, e hoje, são, em muitos lugares, a força de trabalho maior do que a do homem, com suas duplas ou triplas jornadas. Pois, há bem pouco tempo, nós, homens, começamos a dividir a tarefa doméstica, aprendendo a lavar louças e a fazer outras atividades.  Parabéns a todas as mulheres. Feliz 08 de Março. Feliz Dia às 371 Mulheres que trabalham na SEDU e em todas as suas vinculadas: PARANACIDADE, PRED, CONCIDADES, COHAPAR E COMEC”, enfatizou.

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