CONSTRUÇÃO DA NOVA PONTE DA ILHA DOS VALADARES, EM PARANAGUÁ, ESTÁ EM ANDAMENTO

18/09/2023
O olhar tranquilo de mestre Zeca Martins, que aos 71 anos dedica suas horas à produção manual de rabecas, violas e cavaquinhos, se transforma quando fala da construção da ponte que, a partir de meados do ano que vem, unirá o local onde mora, a Ilha dos Valadares, ao Centro de Paranaguá, no Litoral do Estado. A estrutura, em implantação, é resultado da liberação de quase 15 milhões de reais do Governo do Estado, por meio da Secretaria das Cidades, via Programa de Transferência Voluntária, sistema que dispensa o município de devolver os recursos ao Tesouro do Estado. A construção, em andamento, segundo Martins, trará mais conforto para entrar e sair da Ilha. // SONORA ZECA MARTINS //

De acordo com o secretário da pasta, Eduardo Pimentel, esse projeto vai melhorar muito a qualidade de vida dos moradores. // SONORA EDUARDO PIMENTEL //

O projeto prevê a construção da ponte, com 2.088 m² de área pavimentada, e a revitalização da atual passarela, de uso restrito a pedestres, ciclistas e motociclistas, com outros 1.140 m². O objetivo é prover a região de uma ligação que também permita a passagem de automóveis e veículos de carga, 24 horas por dia. Atualmente, veículos de passageiros, vans e caminhonetes só podem usar a passarela existente nos períodos de maré baixa, quando a balsa que faz o trajeto, entre a região do Mercado Nilton Abel de Lima e a Ilha, não pode operar. Mesmo assim, a travessia é feita com um veículo por vez sobre a estrutura, o que gera longas filas nos dois lados. Para ciclistas e motociclistas, a atual passarela traz uma facilidade – a travessia – e uma dificuldade: devido ao grande número de pedestres, a passagem deve ser feita a pé, empurrando o meio de transporte. Antônio David, que trabalha com a venda de produtos variados para quem vive na Ilha dos Valadares, avalia que ficará mais barato para ir e vir. // SONORA ANTONIO DAVID //

Para os motoristas que precisam entrar e sair da Ilha com frequência, a construção traz impactos financeiros e de tempo. Moradores podem fazer uma viagem de ida e volta por dia, pela balsa, sem pagar. No entanto, há a cobrança de 6 a 17 reais, progressivamente, a partir da segunda travessia. (Repórter: Victor Luís)